Dólar Fecha em R$ 5,16 e Alcança Maior Patamar do Mês com Juros dos EUA no Radar; Ibovespa Cai

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O dólar fechou em alta, atingindo R$ 5,16, o maior nível de maio, impulsionado pelas expectativas sobre os juros dos EUA.

Ibovespa caiu, com destaque para ações da Gol e Azul após acordo. Saiba mais sobre os movimentos do mercado e perspectivas futuras.

O mercado financeiro brasileiro encerrou a sexta-feira (24) com movimentos significativos tanto no câmbio quanto na bolsa de valores. O dólar fechou em alta, atingindo seu maior patamar no mês, enquanto o Ibovespa registrou uma queda influenciada por fatores internos e externos.

Dólar Alcança Maior Patamar de Maio

O dólar norte-americano encerrou o pregão cotado a R$ 5,1674, marcando um aumento de 0,27% e atingindo o maior nível registrado em maio. Durante o dia, a moeda chegou a ser cotada a R$ 5,1764 em seu pico. Esta alta é atribuída principalmente às expectativas em torno dos juros nos Estados Unidos.

Desempenho Semanal e Mensal

  • Alta semanal: 1,28%
  • Queda mensal: 0,49%
  • Ganho anual: 6,49%

Na sessão anterior, quinta-feira (23), o dólar havia recuado 0,06%, sendo cotado a R$ 5,1534. O comportamento da moeda reflete a atenção dos investidores à ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), divulgada na quarta-feira (22).

Ibovespa em Queda

O principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, fechou em queda de 0,34%, atingindo 124.306 pontos. As ações da Gol (GOLL4) e da Azul (AZUL4) foram destaques positivos após o anúncio de um acordo de codeshare entre as empresas, resultando em fortes altas.

Desempenho das Ações

  • Azul: +5%
  • Gol: +11,9%

Desempenho Semanal e Mensal

  • Queda semanal: 3%
  • Recuo mensal: 1,28%
  • Perdas anuais: 7,36%

Na quinta-feira (23), o índice havia registrado uma queda de 0,73%, fechando aos 124.729 pontos.

Fatores que Influenciaram o Mercado

Ata do FOMC e Expectativas sobre Juros nos EUA

A ata da última reunião do FOMC revelou que as autoridades do Federal Reserve (Fed) ainda veem uma redução gradual das pressões inflacionárias nos EUA. No entanto, a discussão sobre possíveis novos aumentos de juros continua em pauta. Em sua última reunião, o FOMC decidiu manter as taxas de juros entre 5,25% e 5,50% ao ano.

Declarações de Dirigentes do Fed

Ao longo da semana, declarações de dirigentes do Fed, como Christopher Waller, reforçaram a necessidade de dados adicionais sobre inflação antes de qualquer flexibilização na política monetária. Estas falas mantiveram os investidores atentos às possíveis ações do banco central americano.

Indicadores Econômicos dos EUA

Dados recentes mostraram que o índice de gerentes de compras (PMI) dos EUA subiu para 54,4 em maio, o maior nível desde abril de 2022. Além disso, os pedidos de auxílio-desemprego caíram na última semana, indicando uma força contínua no mercado de trabalho americano.

Cenário Fiscal no Brasil

No Brasil, as atenções se voltaram para as projeções fiscais. Os ministérios do Planejamento e da Fazenda revisaram a previsão de déficit primário para R$ 14,5 bilhões em 2024, uma piora em relação aos R$ 9,3 bilhões estimados em março. Essa revisão ocorre apesar de estimativas de arrecadação com dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4).

O fechamento do dólar em alta e a queda do Ibovespa refletem um cenário complexo, influenciado por expectativas sobre os juros nos EUA e a situação fiscal brasileira. Acompanhar as decisões do Fed e os indicadores econômicos será crucial para entender os próximos movimentos do mercado.

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